sábado, 2 de julho de 2011

Dia do Hospital

    Os primeiros hospitais surgiram a partir das duas grandes instituições operantes no Brasil: a Igreja e o exército. Já em 1727 começava a funcionar o primeiro serviço hospitalar militar do Rio de Janeiro, no Morro de São Bento, que daria origem ao Hospital Real Militar. No caso dos hospitais ligados à Igreja, quase sempre nasciam como instituições destinadas a apoiar uma ampla variedade de excluídos: órfãos, mães solteiras, velhos, pobres e, claro, doentes. Esse caráter polivalente aparecia também nos primeiros hospitais vinculados a comunidades estrangeiras. Eram, em geral, entidades criadas pelas famílias mais ricas de imigrantes, como centros de apoio financeiro, social e médico aos patrícios recém-chegados. O Real Hospital Português de Beneficência do Recife nasceu em 1855. Dois anos depois era criado o Hospital Português de Salvador. Em 1859 surgiram, quase ao mesmo tempo, a Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro e a Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência, em São Paulo. A criação de hospitais associados a comunidades estrangeiras foi mais forte em São Paulo, região que estimulou a vinda de centenas de milhares de imigrantes europeus e japoneses, em substituição ao braço escravo. O mesmo ocorreu no Sul do país, cenário de sólida colonização estrangeira, principalmente italiana e alemã. Na virada do século XX, a população brasileira alcançava 17,4 milhões de habitantes. Em São Paulo, a Hospedaria dos Imigrantes, centro de triagem que chegou a alojar até nove mil pessoas de cada vez, contava com apenas um médico. Isso levou os oriundi em melhores condições a fundar, em 1904, o Hospital Umberto I. O Hospital Alemão da capital paulista foi inaugurado em 1923, um ano antes do Hospital Santa Cruz, mantido pela coletividade japonesa. Porto Alegre ganharia seu Hospital Alemão em 1927. Bem mais adiante viriam os Hospitais Sírio-Libanês (1965) e Israelita Albert Einstein (1971), de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário